Acordamos, mas não tão cedo, afinal estamos de férias. Colocamos as mochilas na Juno, tomamos um café e partimos. Até Uyuni tínhamos aproximadamente 6 horas de viagem, mas nas estradas cheias de curva da Bolívia, pode-se incluir algumas horas a mais.
Após algum tempo dirigindo, resolvemos fazer uma pausa, e aproveitamos para conhecer Potosí que estava na rota. Assim como Sucre, Potosí tem muita história para compartilhar, geograficamente é uma das cidades mais altas do mundo, com 3.967 metros de altitude.
Estacionamos a Juno, e fomos caminhar. O centro possui várias construções que se destacam pela sua arquitetura histórica, como por exemplo A Casa da Moeda, hoje um museu com arquivos e registros da época colonial em que se transformava a prata em moeda; a Basílica Catedral de Potosí que foi construída entre os anos de 1808 a 1838. Ambas estão localizadas na Praça 10 de Novembro, de onde também é possível ver o Cerro Rico.
Cerro Rico é uma montanha que pertence a Cordilheira dos Andes, possui 4.800 metros de altitude. Ficou bem conhecido na época da colonização espanhola, donde se extraiu muita prata. Ainda hoje o Cerro abriga minas, porém atualmente há extração de zinco e estanho. É possível fazer um tour guiado pela mina, mas como estávamos apenas de passagem pela cidade, não contratamos nenhum tour. Fomos com a Juno pelo Cerro, paramos em um mirante e apreciamos a vista da cidade. Na decida, nos perdemos entre as muitas estradas que lá existem, é um verdadeiro labirinto, não possui sinalização e o GPS não funciona. Foram alguns minutos de tensão até conseguir voltar para a cidade novamente.
De volta à cidade, mas nem tão seguros assim, visto que o trânsito na Bolívia é uma loucura, tentamos o mais rápido que conseguimos (e demorou quase 40 minutos) voltar para a estrada sentido Uyuni. Já na estrada, depois de umas duas horas dirigindo fomos surpreendidos por uma cascata de gelo, conseguimos um acostamento para parar a Juno, e voltamos correndo ver de perto essa maravilha da natureza. Foi encantador e congelante, haha. Ainda extasiados, seguimos viagem.
O sol estava quase se pondo quando vimos uma placa com informação de um mirante, um pouco desconfiados e sem saber muito o que tinha nesse mirante, paramos a Juno e fomos conferir. Um cânion enorme, muito lindo. Gastamos algum tempo ali admirando, caminhamos um pouco pelos arredores, vimos ossos que deveriam ser de uma Llama, mais um tempinho caminhando e olhando a paisagem, registrando…voltamos para a Juno e seguimos em nosso caminho.
Chegamos em Uyuni por volta das 20:30 horas. No caminho, enquanto eu dirigia, o Sergio encontrou um Hotel para ficarmos, assim nos dirigimos direto para lá. Fizemos o check in. Um aviso no balcão informava além da senha da Wi-fi, horário do café da manhã, e horário de banho quente. Tínhamos apenas meia-hora antes de terminar o horário do banho quente…estávamos cansados e com muita fome, assim optamos por deixar o banho para o outro dia pela manhã e fomos atrás de comida.
Após uma pequena volta pelo centro da cidade, descobrimos que não tínhamos muitas opções. Paramos numa pizzaria, fomos muito bem recebidos, pedimos uma pizza de llama, e uma cerveja Huari. A pizza estava deliciosa, a cerveja também, bem geladinha (quase temperatura ambiente, haha), vimos várias lareiras a gás acesas, que mantinham o ambiente agradável. Ainda não havíamos terminado de comer (quem me conhece sabe que como muuuuuito devagar), e o pessoal começou a preparar para fechar a pizzaria (não eram nem 22 horas ainda). Nos apressamos um pouco, pagamos e saímos, ficamos um pouco assustados, mas depois descobrimos que a grande maioria dos restaurantes dali fecham as 22h.
Já no hotel, ficamos um tempinho do lado de fora apreciando o céu estrelado. Nossa máquina não é das melhores, mas conseguimos fazer um pequeno registro do momento. Com bastante frio, nos despedimos daquele visual encantador e corremos para o quarto.